sábado, 31 de dezembro de 2016

CHUMBO NO AMBIENTE DE TRABALHO

 O chumbo encontra-se disseminado por todo o lado, na crosta terrestre, na água, no ar e, de um modo
geral, entra no organismo humano em pequeníssimas quantidades, sem efeitos nocivos para a saúde. Os maiores riscos existem em zonas industriais ou em grandes centros urbanos, onde os resíduos das fábricas e a existência de chumbo na gasolina afetam a saúde das pessoas, sendo em atividades profissionais com exposição ao chumbo que os riscos se tornam mais preocupantes.

Algumas das atividades onde encontramos exposição a chumbo:

  • Fundição de chumbo e de zinco (primária e secundária); 
  • Fabrico e reciclagem de acumuladores; 
  • Artesanato de estanho e de chumbo; - Fabrico de chumbo para soldar; 
  • Fabrico de munições contendo chumbo; 
  • Fabrico de objectos à base de chumbo ou de ligas contendo chumbo; 
  • Utilização de tintas, esmaltes, betumes e cores com chumbo; 
  • Utilização frequente de chumbo para soldar em espaços fechados; 
  • Construção e reparação automóvel; 
  • Fabrico de aço com chumbo; 
  • Têmpera de aço com chumbo; 
  • Revestimento com chumbo; 
  • Recuperação do chumbo de resíduos metálicos contendo chumbo.
  • Serviços de soldas com chumbo em eletrônicas.

Estão potencialmente sujeitos ao risco de intoxicação pelo chumbo (saturnismo) todos os trabalhadores expostos aos seus vapores, fumos ou poeiras.


 2. VIAS DE PENETRAÇÃO NO ORGANISMO

O chumbo entra no corpo humano através das vias:

  • Pulmonar; 
  • Digestiva; 
  • Cutânea. 

EFEITOS DO CHUMBO NO ORGANISMO

Os riscos de exposição ao chumbo são:

  • Intoxicação aguda (muito rara, mas possível); 
  • Intoxicação crónica - saturnismo

Feitos do chumbo no organismo:

A intoxicação por chumbo causa diversas manifestações  ao sistemas nervoso, renal, cardiovascular e hematológico. A consequência mais grave é a encefalopatia, que pode chegar ao coma. Os sintomas de intoxicação pelo chumbo são:

  • Fadiga e diminuição da capacidade física;
  • Alterações do sono;
  • Dores nos músculos;
  • "Cólica saturnina" com dores abdominais;
  • náuseas e vômitos.


 NÍVEL DE AÇÃO E VALORES LIMITE DE CONCENTRAÇÃO

 Sempre que a atividade desenvolvida implicar exposição a chumbo,o empregador devem fazer avaliações dos níveis de exposições ao chumbo, respeitando os limites de tolerância de 0,1 mg/m³ para uma carga horária de 48 horas semanais, conforme QUADRO 1 da NR 15, determinando a natureza e o nível de exposição a que estão sujeitos os trabalhadores, com apresentação de medidas de neutralização, definição de equipamentos de proteção coletiva e individual.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

  •  Planejamento de novas plantas ou processos industriais. 
  •  Prevenção da dispersão de poeiras e fumos.
  •  Monitoramento do chumbo no ar.
  • O enclausuramento de aparelhos ou recipientes que durante as operações que provoquem a emissão de poeiras;
  • A aspiração das emissões nos pontos onde se verifique a sua produção ou outro processo eficaz de renovação de ar. 
  • Os resíduos da laboração que contenham chumbo devem ser recolhidos, acondicionados e retirados para fora dos locais de trabalho em condições de não constituírem fonte de contaminação desses locais e trabalhadores, devendo ser ainda observadas as disposições legais sobre resíduos e proteção do ambiente.
  • EPI.

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