sábado, 17 de setembro de 2016

PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPAIONAIS


Doenças ocupacionais são enfermidades relacionadas diretamente ao desempenho da atividade profissional do indivíduo que, por conta delas, tem, do ponto de vista legal, os mesmos direitos que uma pessoa que passou por um acidente de trabalho.
Especialistas alertam que a grande maioria delas aparece de forma silenciosa e, muitas vezes, fazem que o trabalhador não tenha condições de voltar à ativa. Deve-se ficar atento a possíveis sintomas para procurar ajuda médica e garantir um diagnóstico certeiro e o mais precocemente possível. Conheça as mais recorrentes doenças ocupacionais e suas causas.

LER/DORT

(Lesão por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteo musculares
SW AMBIENTAL
Relacionados ao Trabalho): seu diagnóstico demanda atenção e cuidado especiais do trabalhador, já que costuma ser confundida com uma simples torção ou mau posicionamento. É causada por movimentos repetitivos ou por má posturas ao executar sua tarefas diárias, as quais podemos citar:
  • Posto de trabalho inadequado e ambiente de trabalho desconfortável
  • Atividades no trabalho que exijam força excessiva com as mãos,
  • Posturas inadequadas e desfavoráveis às articulações,
  • Repetição de um mesmo padrão de movimento
  • Tempo insuficiente para realizar determinado trabalho com as mãos.
  • Jornada dupla ocasionada pelos serviços domésticos.
  • Atividades esportivas que exijam grande esforço dos membros superiores.
  • Compressão mecânica das estruturas dos membros superiores.
  • Ritmo intenso de trabalho
  • Pressão do chefe sobre o empregado
  • Metas de produção crescente e preestabelecidas
  • Jornada de trabalho prolongada
  • Falta de possibilidade de realizar tarefas diferentes
  • Falta de orientação de profissional de segurança e ou medicina do trabalho
  • Mobiliário mal projetado e ergonomicamente errado.
  • Postura fixa por tempo prolongado
  • Desconhecimento do trabalhador e ou empregador sobre o assunto

MEDIDAS PREVENTIVAS:

  • Rodízio de funções;
  • Cumprimento das normas em relação a gorada de trabalho;
  • Ginástica laboral;
  • Reeducação na postura laboral;
  • Treinamentos;
  • Mobiliário, ferramentas e bancadas adaptadas ao trabalhador.


ANTRACOSE 

A lesão pulmonar pode gerar outros problemas mais graves, por isso demanda cuidados médicos imediatos e especiais. É comum em trabalhadores que têm contato direto com a fumaça do carvão, por inalarem diferentes agentes prejudiciais à saúde.

BISSINOSE

Também é uma doença pulmonar, que atinge trabalhadores da indústria algodoeira, por ser causada pela poeira das fibras de algodão, do linho ou do cânhamo.
Asma Ocupacional: Ocorre por inalação de partículas, comuns em trabalhadores da construção civil ou que lidam com couro, algodão, madeira ou sílica. Começa com tosse crônica, falta de ar e chiado no peito e pode ter desdobramentos fatais, como paradas respiratórias e câncer de pulmão.

SILICOSE

Doença ocupacional irreversível causada pelo acúmulo de poeira de sílica nos pulmões, revestindo-os de forma a impedir cada vez mais a respiração e aumentando progressivamente com o tempo – mesmo que o trabalhador seja afastado. Pode levar à morte por insuficiência respiratória.

DERMATOSE OCUPACIONAL

Trata-se de reações alérgicas cutâneas crônicas, recorrentes em trabalhadores que manuseiam graxa ou óleo mecânico.

CÂNCER DE PELE

Um dos tipos mais comuns da enfermidade, pode ser considerado uma doença ocupacional quando estiver relacionado à exposição excessiva ao sol por conta da atividade profissional exercida pelo trabalhador.

SURDEZ TEMPORÁRIA OU PERMANENTE

A perda da sensibilidade auditiva por conta de exposição a ruídos constantes não só
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caracteriza uma doença ocupacional como também pode tornar-se irreversível, de forma lenta e silenciosa. Pode acontecer com operários do setor de construção, por conta da utilização de equipamentos ruidosos, e também com operadores de telemarketing.

SIDEROSE

Comum em trabalhadores de minas de ferro, que acabam desenvolvendo uma falta de ar constante por conta da inalação de partículas microscópicas de ferro, que se alojam nos bronquíolos.

CATARATA

Doença comum no Brasil, pode ser considerada ocupacional se a perda do cristalino (lente natural do olho) tiver relação direta com a exposição constante a altas temperaturas por conta do ambiente de trabalho. A catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo.

DESGASTE DA VISÃO

Afeta trabalhadores noturnos, como vigias, médicos, enfermeiros ou operadores de serviços 24 horas. O trabalho noturno desregula a produção de hormônios, que aconteceria durante o sono, afetando outras funções corporais, como a visão, por exemplo. Se essa situação ocorre de forma prolongada, o desgaste pode levar à perda parcial ou total da visão.


DOENÇAS PSICOSSOCIAIS

Alguns problemas de ordem emocional, como a depressão, por exemplo, podem estar
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relacionados a dificuldades encontradas no ambiente de trabalho, como pressão, carga horária excessiva ou até mesmo desentendimento com colegas ou chefes. Neste caso, configuram-se doenças ocupacionais.

LOMBALGIA OCUPACIONAL

Lombalgia é conhecida popularmente como "dor nas costas". Podemos defini-la como dor
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na região posterior do tronco inferior, do final das costelas até a prega glútea. A dor sentida na região do dorso, mas localizada entre a região abaixo dos ombros até o final das costelas, é chamada de dorsalgia. A dor no pescoço é denominada cervicalgia.
A dor lombar se originar de várias causas isoladas ou em conjunto. Pode ser de causas mecânicas (sobrecargas, traumas, etc.), degenerativas (secundária principalmente à osteoartrite) ou não mecânicas (inflamatória, infecciosa,metabólica ou de origem tumoral – neoplásica, entre outras). Há ainda as causas não orgânicas, as ditas psicogênicas, secundárias a transtornos psicológicos ou psiquiátricos. É de grande importância que a causa da dor lombar seja diagnosticada corretamente.

Chamamos de lombalgia ocupacional quando o trabalhador começa a sentir dores lombares decorrentes de suas atividades laborais.

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