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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

MISSÃO, VISÃO E VALORES EM UMA EMPRESA



FERRAMENTA DA QUALIDADE

Missão, Visão e Valores: Em busca da melhoria dos processos, lucratividade e uma boa imagem perante os clientes, colaboradores e fornecedores, as empresas necessitam definir suas metas a curto, médio e longo prazo, sempre zelando pela sua imagem. Para tal são definidos a MISSÃO, a VISÃO e os VALORES de seu empreendimento. Essa ferramenta irá determinar uma direção estratégica para a empresa, desde a integração das operações até a estratégia da companhia e da motivação de seu time objetivando assim, melhores resultados.



MISSÃO


A missão nada mais é que a razão de ser da pelo qual a empresa existe, é o porquê da empresa, acentuado o que a empresa produz. É na missão que estão as metas da empresa, expressa em uma única frase.
  • Qual é o seu apelo à ação?
  • O que mais o realiza?
  • O que o faz sentir-se especial e reconhecido?
  • O que lhe transmite realização pessoal e/ou profissional?
  • Qual o preço que está disposto a pagar para realizar os seus sonhos?
  • Até onde está preparado para ir?


VISÃO


A visão pode ser definida como a direção desejada, o caminho que se pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo prazo e, ainda, de como ela espera ser vista por todos, uma imagem viva de um estado futuro ambicioso e desejável, das aspirações de uma empresa a respeito de seu futuro e superior em algum aspecto importante, ao estado atual.
  • Como você se vê daqui a 5 ou 10 anos?
  • Como você se vê com 60 anos?
  • O que deseja ter realizadado?
  • O que deseja ter mudado?
  • Como espera ser visto pelas pessoas de sua convivência?
  • Que tipo de exemplo deseja ser?


VALORES


Assim sendo, os valores organizacionais podem ser definidos como princípios que guiam a vida da organização, tendo um papel tanto de atender seus objetivos quanto de atender às necessidades de todos aqueles a sua volta nos fundamentos ambientais, sustentáveis e socais.
  • Quais valores o fazem parar e pensar antes de agir?
  • Que valores gostaria de inserir na sua vida?

quinta-feira, 1 de maio de 2014

PDCA - FERRAMENTA DA QUALIDADE

ÍNDICE                                               VÍDEOS                                              INSCRIÇÕES


PDCA

O Método de Melhorias, hoje conhecido como PDCA foi criado na década de 30 por Walter A. Shewart. Contudo, esse método foi popularizado por William Edward Deming na década de 50, o que o tornou mundialmente reconhecido por aplicá-lo no Japão.
A sigla PDCA significa: Plan, Do, Check, Act, que significam: Planejar, Executar (Desenvolver, Fazer), Verificar (Checar) e Agir (Atuar).
FERRAMENTA DA QUALIDADEEssa forma de agir serve tanto para implantação de novas ideias como para solução de problemas.

As etapas do Ciclo PDCA estão descritas a seguir:
PLAN
O ciclo tem início com a definição de um plano, baseado em diretrizes ou políticas da empresa. A fase PLAN do ciclo PDCA é subdividida em cinco etapas, as quais são elencadas a seguir, segundo Campos (2004): 1) Identificação do problema; 2) Estabelecer meta; 3) Análise do fenômeno; 4) Análise do processo (causas); 5) Plano de ação.
1) Identificação do Problema: é realizado todas as vezes que a empresa se deparar com um resultado (efeito) indesejado, provindo de um processo (conjunto de causas).
2) Estabelecer meta: o problema será sempre a meta não alcançada, sendo a diferença entre o resultado atual e um valor desejado chamado meta. Toda meta a ser definida deverá sempre ser constituída de três partes - objetivo gerencial, prazo e valor.
3) Análise do fenômeno: análise detalhada do problema detectado e suas características, por meio de fatos e dados coletados.
4) Análise de processo: buscar as causas mais importantes que provocam o problema, através da análise das características importantes.
5) Plano de ação: é o produto de todo processo referente à etapa PLAN em que estão contidas, em detalhes, todas as ações que deverão ser tomadas para se atingir a meta proposta inicialmente. Para sua elaboração a metodologia mais indicada é o 5W1H ou 5W2H.
DO
Execução do plano que consiste no treinamento dos envolvidos no método a ser empregado, a execução propriamente dita e a coleta de dados para posterior análise.
Essa etapa se subdivide em duas: 1) Treinamento e 2) Execução da Ação (CAMPOS, 2004; ISHIKAWA, 1985).
No treinamento, a organização deverá efetuar a divulgação do plano a todos os funcionários envolvidos para que fiquem cientes. Assim, o plano de ação poderá ser colocado em prática. Durante a sua execução, deve-se efetuar verificações periódicas no local em que as ações estão sendo efetuadas, a fim de manter o controle e eliminar possíveis dúvidas que possam ocorrer ao longo da execução. Todas as ações e os resultados bons ou ruins devem ser registrados para alimentar a etapa seguinte do ciclo PDCA, o “Check”.
CHECK
O terceiro passo do PDCA é a análise ou verificação dos resultados alcançados e dados coletados. Ela pode ocorrer concomitantemente com a realização do plano quando se verifica se o trabalho está sendo feito da forma devida, ou após a execução quando são feitas análises estatísticas dos dados e verificação dos itens de controle. Nesta fase podem ser detectados erros ou falhas;
ACT
Último módulo do ciclo PDCA é caracterizado pela realização das ações corretivas, ou seja, a correção da falhas encontradas no passo anterior e pelo processo de padronização das ações executadas, cuja eficácia foi verificada anteriormente. É nessa fase que se inicia novamente o Ciclo levando ao processo de Melhoria Contínua.
Ishikawa (1985) ampliou os 4 passos do Ciclo PDCA para 6:
1) Definir metas e objetivos;
2) Definir métodos para atingir as metas;
3) Educar e treinar;
4) Executar a tarefa;
5) Verificar resultados da implementação;
6) Atuar corretivamente (Realizar a ação de forma apropriada).

Fonte:
http://www.concursosadm.com.br/index.php/noticias/84-oquepdca

quinta-feira, 10 de abril de 2014

PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA

ÍNDICE                                        VÍDEOS                                INSCRIÇÕES
cursos 24 horas
 

1  INTRODUÇÃO
   De forma genérica, a poluição das águas decorre da adição de substâncias ou de formas de energia que, diretamente ou indiretamente, alterem as características físicas e químicas do corpo d’água de uma maneira tal, que prejudique a utilização das suas águas para usos benéficos.
    Torna-se importante ressaltar a existência de duas formas distintas, pelas quais as águas poluídas atingem um determinado corpo receptor (rio, baía, lago, lagoa, laguna, reservatório, aqüífero subterrâneo e o mar).
    A primeira, denominada fonte ou poluição pontual, refere-se, como o próprio nome esclarece, à poluição decorrente de ações modificadoras localizadas. E o caso, por exemplo, da desembocadura de um rio, de efluentes de uma estação de tratamento de esgotos domésticos ou industriais, ou mesmo, a saída de um tronco coletor de esgotos domésticos sem tratamento, ou ainda a saída no mar, de um emissário submarino.
    A segunda, poluição difusa, se dá pela ação das águas da chuva ao lavarem e transportarem a poluição nas suas diversas formas espalhadas sobre a superfície do terreno (urbano ou não) para os corpos receptores. A poluição difusa alcança os rios, lagoas, baías, etc., distribuída ao longo das margens, não se concentrando em um único local como é o caso da poluição pontual. 
    O grau de poluição das águas é medido através de características físicas, químicas e biológicas das impurezas existentes, que, por sua vez, são identificadas por parâmetros de qualidade das águas (físicos, químicos e biológicos).

    De uma maneira geral, as características físicas são analisadas sob o ponto de vista de sólidos (suspensos, coloidais e dissolvidos na água) e gases. As características químicas, nos aspectos de substâncias orgânicas e inorgânicas e as biológicas sob o ponto de vista da vida animal, vegetal e organismos unicelulares (algas).


2 PRINCIPAIS PARÂMETRO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS

    Os principais parâmetros físicos de qualidade das águas são: cor, turbidez, sabor, odor e temperatura. Os químicos, pH (acidez e alcalinidade), dureza, metais (ferro e manganês), cloretos, nitrogênio (nutriente), fósforo (nutriente), oxigênio dissolvido, matéria orgânica, micropoluentes orgânicos e micropoluentes inorgânicos como os metais pesados (zinco, cromo, cádmio, etc).

    Finalmente, os parâmetros biológicos são analisados sob o ponto de vista de organismos indicadores, algas e bactérias. 
    O presente trabalho, para não ser demasiadamente amplo e cansativo, busca a avaliação evolutiva da qualidade das águas na zona costeira do Estado do Rio de Janeiro através de alguns parâmetros que representam na sua essência, o diagnóstico básico sob os aspectos químicos e biológicos das águas e, conseqüentemente, do grau de poluição. Além disso, é importante ressaltar que a presente análise deu-se em função da disponibilidade de dados monitorados junto às coleções hídricas pelas instituições ambientais e de pesquisas oficiais do Estado do Rio de Janeiro e outros de interesse especifico acadêmico.

    Dentro do universo de dados e informações levantadas junto àquelas instituições, o trabalho limitou-se, a principio, aos seguintes parâmetros de qualidade de água:

2.1 OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD)

    O oxigênio dissolvido (OD) é geralmente medido em miligramas por litro (mg/l) da água analisada. Provém, em geral, da dissolução do oxigênio atmosférico, naturalmente ou artificialmente, e também, da produção liberada por alguns microorganismos vivos na água (algas e bactérias).

    O oxigênio dissolvido é vital para os seres aquáticos aeróbicos (dependentes de oxigênio). O nível de disponibilidade de OD na água vai depender do balanço entre a quantidade consumida por bactérias para oxidar a matéria orgânica (fontes pontuais e difusas) e a quantidade produzida no próprio corpo d’água através de organismos fotossintéticos, processos de aeração natural e/ou artificial. Se o balanço do nível de OD permanece negativo por tempo prolongado, o corpo d’água pode tornar-se anaeróbico (ausência de oxigênio), causando a geração de maus odores, o crescimento de outros tipos de bactérias e morte de diversos seres aquáticos aeróbicos, inclusive peixes.

    Portanto, o OD é um dos principais parâmetros de caracterização dos efeitos da poluição das águas decorrentes de despejos orgânicos. A solubilidade do OD é função da altitude e da temperatura do corpo de água. Em geral, ao nível do mar e à temperatura de 20°C, a concentração de saturação é de 9.2 mg/l.

    Vale informar que valores de OD inferiores ao valor de saturação podem indicar a presença de matéria orgânica e, valores superiores, a existência de crescimento anormal de algas, uma vez que, como já foi citado, elas liberam oxigênio durante o processo de fotossíntese.

    Em resumo, o OD será consumido por bactérias durante o processo metabólico de conversão da matéria orgânica em compostos simples e inertes, como água e gás carbônico (CO2). Com isso, crescem e se multiplicam e mais oxigênio dissolvido será consumido enquanto houver matéria orgânica proveniente das fontes de poluição.

2.2 DEMANDA BIOQUÍMICA DE 0XIGÊNIO (DBO)

    A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é medida, em geral, em miligramas por litro (mg/l) e traduz indiretamente a quantidade de matéria orgânica presente no corpo de água. A matéria orgânica é formada por inúmeros componentes, como compostos de proteína, carboidratos, uréia, surfactantes (detergentes), gordura, óleos, fenóis, pesticidas, etc.
    Esta matéria, carbonácea, apresenta-se em suspensão ou dissolvida, podendo ser biodegradável ou não. Dada a diversidade dos compostos e formas como se apresenta no corpo d’água, procura-se quantificá-la, indiretamente, medindo-se sua capacidade de consumo de oxigênio dissolvido na água, que se dá através das bactérias oxidantes.
    A DBO padrão é aquela que representa o consumo de oxigênio no processo de oxidação da matéria orgânica presente em uma amostra de água durante o período de 5 dias e incubada a 200 C. A DBO padrão é universalmente utilizada e os dados apresentados neste trabalho foram obtidos desta forma.
    A DBO padrão está associada à porção biodegradável da matéria orgânica de origem vegetal e animal e também àquela presente nos despejos domésticos industriais.
    Vale informar que os esgotos domésticos possuem uma DBO em torno de 300 mg/l, que representa o consumo de 300 mg de oxigênio em 5 dias, à 20 C, no processo de estabilização da matéria orgânica carbonácea biodegradável presente em 1 litro de esgoto.
    Resumindo, DBO alta significa presença de poluição através da matéria orgânica proveniente de fontes pontuais e/ou difusas de origem doméstica ou industrial.

2.3 NITROGÊNIO AMONIACAL (NH3)

    Antes de melhor caracterizar o parâmetro em questão, convém explicar resumidamente o ciclo do nitrogênio na biosfera. O nitrogênio manifesta-se no ambiente de diversas formas, quais sejam:
·      Nitrogênio molecular (N2), livre na atmosfera;
·      Nitrogênio orgânico (dissolvido e em suspensão no corpo d’água);
·      Amônia (livre ­– N­H3 e ionizada – NH4);
·      Nitrito (NO2);
·      Nitrato (NO3).

     No meio aquático, as diversas formas de nitrogênio podem ser de origem natural (proteínas, clorofila e outros compostos biológicos) e/ou de origem das atividades humanas e animais (despejos domésticos e industriais, excrementos de animais e fertilizantes). Nos esgotos domésticos frescos, predominam o nitrogênio em forma de amônia e o orgânico.
    A importância do conhecimento da presença e quantificação do nitrogênio nas suas diversas formas na água refere-se ao consumo de OD necessário durante o processo de nitrificação, isto é, a conversão de nitrogênio amoniacal a nitrito e este a nitrato e, principalmente, a proliferação de algas que tem no nitrogênio um elemento vital para seu crescimento.
    Cabe salientar que o crescimento descontrolado de algas (floração das águas), em determinadas condições do corpo d’água pode acarretar processos de eutrofização.
    A eutrofização é um fenômeno indesejável, pois modifica substancialmente as características físicas, químicas e biológicas do corpo d’água. O crescimento excessivo de vegetação aquática, eventuais maus odores, mortandade de peixe, mudança radical de cor, diminuição excessiva de OD, secreções tóxicas de certas algas, etc., são algumas das conseqüências do fenômeno.
    Os processos de eutrofização somados ao de assoreamento, aumentam gradativamente, o material sedimentado no fundo (matéria orgânica em suspensão, vegetação aquática morta e sólidos carreados por processos erosivos), provocando, lentamente, a morte e o desaparecimento do corpo d’água.
    Torna-se importante registrar mais uma vez, que a amônia pode ocorrer na forma livre, que é o nitrogênio amoniacal NH3, tóxica aos peixes e na forma ionizada (NH4), não tóxica. 
    Portanto, a medição do nitrogênio amoniacal, geralmente avaliado em miligramas por litro (mg/l) é importante não só para se constatar a presença de esgotos domésticos lançados recentemente no corpo d’água, mas também como um indicador de futuro consumo de oxigênio no processo de nitrificação anteriormente citado e possível crescimento de algas.

2.4 NITROGÊNIO KJELDAHL (NTK)

    O nitrogênio Kjeldahl (NTK), medido em miligramas por litro (mg/l), nada mais é que a soma do nitrogênio orgânico com o nitrogênio em forma de amônia.
    O     NTK é a forma predominante do nitrogênio nos esgotos domésticos brutos e daí sua importância como parâmetro químico de qualidade das águas.
    Dependendo do valor do pH dos esgotos, a amônia, parte integrante do NTK, pode-se apresentar na forma livre NH3 ou na forma ionizada NH4. Para valores de pH menores que 8, a amônia se apresenta na forma ionizada.

2.5 NITRATO (NO3)

    Como citado anteriormente, o nitrogênio sob forma de amônia, se transforma com o tempo, dependendo das condições física e química do meio aquático, em nitrito e, posteriormente, em nitrato (nitrificação).
    A presença de nitrogênio na forma de nitrato no corpo d’água é um indicador de poluição antiga relacionada ao final do período do processo de nitrificação ou pode caracterizar o efluente de uma estação de tratamento de esgotos sanitários a nível terciário, onde o processo de nitrificação é induzido e controlado com o objetivo de redução de nutrientes. 
    No Estado do Rio de Janeiro não existe nenhuma estação de tratamento a nível terciário operada pelo poder público.
O  nitrato, medido em miligramas por litro (mg/l) de amostra d’água, pode sofrer também um processo de desnitrificação onde é reduzido a nitrogênio gasoso. Já foi comprovada a relação entre a concentração de nitrato e a ocorrência de cianose em crianças. A cianose provoca alterações na composição sangüínea, levando a pele a uma coloração azulada. 
     O    nitrato em altas concentrações nas fontes domésticas de água (poços) pode trazer graves problemas de intoxicação tanto no ser humano como nos animais.

2.6 FÓSFORO TOTAL (PT)

     O    fósforo total (PT) é medido geralmente em miligramas por litro (mg/l). A presença do fósforo na água pode se dar de diversas formas. A mais importante delas para o metabolismo biológico é o ortofosfato. O fósforo é um nutriente e não traz problemas de ordem sanitária para a água.
    A presença de fósforo nas águas pode ter origem na dissolução de compostos do solo (escala muito pequena), despejos domésticos e/ou industriais, detergentes, excrementos de animais e fertilizantes.
    A utilização crescente de detergentes de uso doméstico e industrial favorece muito o aumento das concentrações de fósforo nas águas.
    Concentrações elevadas de fósforo pode contribuir, da mesma forma que o nitrogênio, para a proliferação de algas e acelerar, indesejavelmente, em determinadas condições, o processo de eutrofização.
    Por outro lado, o fósforo é um nutriente fundamental para o crescimento e multiplicação das bactérias responsáveis pelos mecanismos bioquímicos de estabilização da matéria orgânica.

2.7 COLIFORME FECAIS (COLI. F)

    As bactérias do grupo coliforme são utilizadas como indicador biológico da qualidade das águas. A contaminação das águas por fezes humana e/ou animal pode ser detectada pela presença de bactérias do grupo coliforme.
O grupo coliforme de bactérias se divide como indicador de contaminação fecal, da seguinte forma:
·   coliformes totais (fecal e não fecal);
·   Coliformes fecais (fecal);
·   Estreptococos fecais (fecal).


    No intestino dos seres humanos e animais predomina em grande número os coliformes fecais. Para se ter uma idéia, um indivíduo elimina, em média, 10 bilhões de coliformes fecais por dia. Além dos coliformes, existem, no meio intestinal, outras bactérias, vírus, protozoários e vermes, em números significativamente menores. Nesse meio intestinal, podem conviver agentes patogênicos, isto é, nocivos ao homem, como alguns tipos de bactérias que podem provocar diarréias fortes, febre, náusea e o cólera, alguns tipos de protozoários, responsáveis, inclusive, pela malária e vírus perigosos como aqueles que podem levar a hepatite infecciosa, gastroenterite, febre amarela, dengue e a paralisia infantil.
    Assim sendo, na prática, a medição do número de coliformes fecais em um corpo d’água é um indicador não só da contaminação por fezes de origem humana e animal, como também da possibilidade de coexistência de organismos patogênicos.
    A contaminação fecal é geralmente medida em número mais provável de coliformes por cem mililitros de água amostrada (NMP/1OOml).
    Os órgãos ambientais utilizam-se deste indicador para diagnosticar também as condições para o banho de mar. Esse serviço informa à população a adequabilidade ou não de banho junto às águas litorâneas (excelente, muito boa, satisfatória e imprópria) e é denominado de condições de balneabilidade.

2.8 CLOROFILA

    A clorofila é um tipo de pigmento que existe nos vegetais em geral, aí se incluindo os diversos gêneros de algas.
    O papel da clorofila é fundamental na fotossíntese, isto é, no mecanismo de nutrição dos vegetais.
    A clorofila faz o papel principal no processo, ao absorver a luz que, em seguida será aproveitada e transformada em outra forma de energia durante a síntese (transformação de estruturas simples em compostos orgânicos).
    A reação de síntese que se passa nas células vegetais possuidoras de clorofila é uma fotoquímica, na qual o gás carbônico retirado do ar é combinado à água, consumindo energia armazenada pela clorofila, através da luz, para formar compostos orgânicos e como subproduto, o oxigênio. Portanto, o conhecimento quantitativo da clorofila permite estimar a capacidade de reoxigenação das águas no seu próprio meio, inferir sobre a densidade da população de algas e avaliar o aporte da quantidade de nutrientes.
    As algas são, em geral, plantas microscópicas que podem se mover ao sabor das correntes por exemplo, o fitoplâncton ou se aderirem nas superfícies, como as algas bênticas.
    Como citado anteriormente, a floração das águas, determina o crescimento anormal de algas no meio aquático pelo excesso de nutrientes (nitrogênio e fósforo).
    A clorofila é medida, em geral, em microgramas por litro da amostra d’água.

2.9 METAIS PESADOS

    Os metais pesados são micropoluentes inorgânicos provenientes, na sua maioria, de efluentes industriais e altamente tóxicos para a vida aquática.
    Os principais metais pesados presentes nas águas em forma dissolvida são cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, níquel e zinco.
    Em geral, as concentrações de metais pesados na água estão muito aquém dos padrões de qualidade estabelecidos. Por outro lado, a tendência dos metais pesados é de se aderirem aos sólidos em suspensão que por sua vez, sedimentam-se no fundo do corpo d’água.
    Procura-se analisar as concentrações de metais pesados nos sedimentos, cujos valores podem ser significativos e representam uma ameaça para a biota e, conseqüentemente, ao ser humano que está no topo da cadeia alimentar.
    Os metais pesados, além de serem tóxicos são cumulativos no organismo e podem provocar diversos tipos de doenças no ser humano com a ingestão de pequenas doses, por períodos consideráveis. Os metais são medidos, geralmente, em miligramas por grama ou microgramas por grama, expressos em peso seco. 

Principais metais pesados 


  • Mercúrio  – metal líquido em temperatura ambiente oriundo da degradação natural da crosta terrestre, inodoro, volátil, insolúvel em água e altamente tóxico. No organismo humano, esse elemento químico age de forma devastadora: uma vez absorvido, deposita-se em várias regiões do corpo, tais como cérebro, rins, aparelhos digestivo e reprodutivo, pulmões, rins, fígado, pâncreas e outros, causando graves distúrbios, por vezes irreversíveis.
  • Chumbo – metal pesado bastante maleável, de baixa condutividade elétrica, largamente utilizado em processos de soldagem, na construção civil, bem como na indústria de munições e tintas. Trata-se de um dos mais perigosos entre os metais pesados, acometendo principalmente os sistemas nervosos central e periférico, medula óssea e rins.
  • Cromo – metal de alta dureza, muito empregado no ramo da metalurgia para ampliação da resistência a agentes corrosivos. Dentre os principais danos causados por tal elemento no organismo, estão as lesões na pele, bronquite e, se a exposição ocorrer em doses mais elevados, pode levar ao desenvolvimento de células cancerígenas.
  • Cádmio – metal caracterizado principalmente pela sua maleabilidade e ductibilidade, utilizado principalmente na indústria de baterias e na galvanoplastia. Esse elemento pode gerar efeitos tóxicos ao organismo humano, ainda que em quantidades moderadas, atingindo órgãos vitais como rins, fígado e pulmões. A intoxicação por cádmio pode provocar danos no sistema ósseo, cânceres, entre outros distúrbios.
  • Arsênio – metal pesado aplicado aos processos de conservação da madeira e do couro, fabricação do vidro e metalurgia. A contaminação por esse elemento químico pode provocar lesões não cicatrizáveis na epiderme, lesões em diversos órgãos vitais, alguns tipos de cânceres (em especial, o câncer de pele), e, se em concentrações elevadas, ao óbito.
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    segunda-feira, 31 de março de 2014

    DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

    ÍNDICE                                               VÍDEOS                                              INSCRIÇÕES
    cursos 24 horas


    O diagnóstico ambiental é a caracterização da qualidade ambiental atual da área de abrangência do Estudo Ambiental, de modo a fornecer conhecimento suficiente para embasar a identificação e a avaliação dos impactos nos meios físico, biológico e socioeconômico.
    De acordo com o Art. 6º da Resolução CONAMA nº. 001/86 podemos definir os meios físico, biológico e socioeconômico da seguinte forma:
    Meio Físico: “o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas”;
    Meio Biológico e os Ecossistemas Naturais: “a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente”;

    Meio Socioeconômico: “o uso e ocupação do solo, os usos da água e a socioeconômica, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos”.
    São investigações hidrogeológicas e geoquímicas, análises de risco, conceitos integrados de remediação, alternativas de recuperação e respectivas estimativas de custos.
    A abordagem é sempre direcionada à solução dos problemas, levando em conta os riscos envolvidos, as exigências legais e os aspectos financeiros para a definição de metas e escolha das tecnologias.
    Na maioria das vezes o empresário desconhece a situação ambiental de sua empresa, quer por ter suas atividades voltadas a outros afazeres, quer por desconhecer detalhes técnicos e legais. Assim sendo, não raro é pego de surpresa pela fiscalização ambiental, seja pela falta de um controle que deveria haver, seja pela ineficiência de um sistema existente ou falta de manutenção adequada, etc. É importante, por isso, vez por outra que se proceda na empresa uma “varredura ambiental” para se descobrir pontos falhos e que podem ser corrigidos de imediato ou serem programados para correção. Tal varredura resulta num diagnóstico que será excelente ferramenta gerencial para os supervisores. Tal diagnóstico auxiliará bastante a Auditoria Ambiental se realizada pela mesma empresa que elaborou o diagnóstico.
    FONTE:http://mundoambiente.eng.br/new/meio-ambiente/diagnostico-ambiental/

    domingo, 23 de março de 2014

    FERRAMENTAS DA QUALIDADE

     ÍNDICE                                               VÍDEOS                                              INSCRIÇÕES
    O que são Ferramentas da Qualidade?
    Ferramentas da Qualidade são técnicas que utilizamos com a finalidade de mensurar, definir, analisar e propor soluções para os problemas que interferem no bom desempenho dos processos de trabalho. Elas permitem o maior controle dos processos ou melhorias na tomada de decisões.
    Existem ferramentas adequadas para estudar determinados problemas.
    Resultado de imagem para ferramentas da qualidadeAs 7 Ferramentas da Qualidade
    - Gráficos de Dispersão: permite a identificação de qualquer tendência de variação conjunta entre variáveis, ajudando na determinação da causa raiz de problemas.
    - Diagrama de Controle: permite a melhor visualização do comportamento de um processo/atividade com relação à variação para identificar se determinado comportamento é ou não é previsível.
    - Folha de Verificação: usada quando se pretende coletar dados com base em observações amostrais a fim de determinar um modelo, facilitar a coleta e análise de dados. O uso de folhas de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos
    - Diagrama de Ishikawa também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama Espinha-de-peixe ou Diagrama 6M: Permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos.
    - Histograma: é uma representação de dados quantitativos por classes de frequência.
    - Fluxograma: É uma das Sete Ferramentas da Qualidade. Muito utilizada em fábricas e indústrias para a organização de produtos e processos.  É um tipo de diagrama feito através de gráficos que ilustram de forma descomplicada a transição de informações entre os elementos que o compõem. 
    - Diagrama de Pareto: utilizado para se identificar quais os itens responsáveis pela maior parcela de erros ou problemas. Sua maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços sobre os mesmos.


    Fonte:
    http://www.apostilasdaqualidade.com.br/ferramentas/#ixzz2wpYKVjhj

    sábado, 1 de fevereiro de 2014

    AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA - INDICADORES DE QUALIDADE

    ÍNDICE                                               VÍDEOS                                              INSCRIÇÕES


    1 INDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA

    O uso de índices de qualidade da água surge da necessidade de sintetizar a informação sobre vários parâmetros físico-químicos, visando informar a população e orientar as ações de planejamento e gestão da qualidade da água.

    Os índices facilitam a comunicação com o público leigo, já que permitem sintetizar várias informações em um número único. Por outro lado, neste processo de síntese ocorre a perda de informação sobre o comportamento dos parâmetros analisados. Portanto qualquer análise mais detalhada deve considerar os parâmetros individuais que determinam a qualidade das águas.
    Os principais índices de qualidade da água utilizados pelas Unidades da Federação são:

    1.1 ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA)

     O Índice de Qualidade das Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela National Sanitation Foundation. A partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Nas décadas seguintes, outros Estados brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água utilizado no país.

    O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos.

    A avaliação da qualidade da água obtida pelo IQA apresenta limitações, já que este índice não analisa vários parâmetros importantes para o abastecimento público, tais como substâncias tóxicas (ex: metais pesados, pesticidas, compostos orgânicos), protozoários patogênicos e substâncias que interferem nas propriedades organolépticas da água.

    O IQA é composto por nove parâmetros (ver descrição do parâmetros do IQA), com seus respectivos pesos (w), que foram fixados em função da sua importância para a conformação global da qualidade da água (tabela abaixo).


    Tabela: Parâmetros de Qualidade da Água do IQA e respectivo peso.

    PARÂMETRO DE QUALIDADE DA ÁGUA
    PESO (w)
    0,17
    0,15
    0,12
    0,10
    0,10
    0,10
    0,10
    0,08
    0,08


    1.2 ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA BRUTA PARA FINS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO (IAP)
    O Índice de Qualidade da Água Bruta para fins de Abastecimento Público (IAP) foi criado por um Grupo Técnico composto por integrantes da CETESB, SABESP, institutos de pesquisa e universidades.
    O índice é composto por três grupos de parâmetros
    Ø  Índice de Qualidade das Águas (IQA) : temperatura d’água, pH, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes fecais, nitrogênio total, fósforo total, resíduo total e turbidez;
    Ø  Parâmetros que avaliam a presença de substâncias tóxicas (teste de mutagenicidade, potencial de formação de trihalometanos, cádmio, chumbo, cromo total, mercúrio e níquel); e
    Ø  Parâmetros que afetam a qualidade organoléptica  da água (fenóis, ferro, manganês, alumínio, cobre e zinco).
    Os parâmetros que avaliam a presença de substâncias tóxicas e que afetam a qualidade organoléptica são compostos de maneira a fornecer o Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas (ISTO).
    Para cada parâmetro incluído no ISTO são estabelecidas curvas de qualidade que atribuem ponderações variando de 0 a 1. As curvas de qualidade, representadas através das variáveis potencial de formação de trihalometanos e metais, foram construídas utilizando-se dois níveis de qualidade (qi), que associam os valores numéricos 1.0 e 0.5, respectivamente, ao limite inferior (LI) e ao limite superior (LS).
    As faixas de variação de qualidade (qi), que são atribuídas aos valores medidos para o potencial de formação de trihalometanos, para os metais que compõem o ISTO, refletem as seguintes condições de qualidade da água bruta destinada ao abastecimento público:
    Valor medido < LI: águas adequadas para o consumo humano. Atendem aos padrões de potabilidade da Portaria 518/04 do Ministério da Saúde em relação às variáveis avaliadas.
    LI < Valor medido < LS: águas adequadas para tratamento convencional. Atendem aos padrões de qualidade da classe 3 da Resolução CONAMA 357/05 em relação às variáveis determinadas.
    Valor medido > LS: águas que não devem ser submetidas apenas a tratamento convencional. Não atendem aos padrões de qualidade da classe 3 da Resolução CONAMA 357/05 em relação às variáveis avaliadas.

    1.3 ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO (IET)

    A eutrofização é o aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos, que tem como conseqüência o aumento de suas produtividades (ESTEVES, 1988).
    Tal processo acontece principalmente em lagos e represas, embora possa ocorrer mais raramente em rios, uma vez que as condições ambientais destes serem mais desfavoráveis para o crescimento de algas.
    São vários os efeitos indesejáveis da eutrofização, entre eles: maus odores e mortandade de peixes, mudanças na biodiversidade aquática, redução na navegação e capacidade de transporte, modificações na qualidade e quantidade de peixes de valor comercial, contaminação da água destinada ao abastecimento público. A produção de energia hidroelétrica pode ser afetada pela presença excessiva de macrófitas aquáticas. Em alguns casos, as toxinas podem estar presentes na água após o tratamento da água, o que pode agravar seus efeitos crônicos.
    O Índice do Estado Trófico tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas ou ao aumento da infestação de macrófitas aquáticas.
    Nesse índice, os resultados do índice calculados a partir dos valores de fósforo, devem ser entendidos como uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo.

    1.4 ÍNDICE DE CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS

    Em Minas Gerais o IGAM adota uma classificação dos corpos d’água em função das concentrações observadas dos seguintes parâmetros: Amônia, Arsênio total, Bário total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livres, Cobre total, Cobre dissolvido, Cromo hexavalente, Cromo total, Fenóis totais, Mercúrio total, Nitritos, Nitratos e Zinco total.

    As concentrações destes parâmetros são comparadas aos limites estabelecidos para as classes de enquadramento dos corpos de água determinadas pela Resolução CONAMA nº 357/05 ou pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de 05 de Maio de 2008.
    A contaminação por tóxicos é classificada em Baixa, Média ou Alta. Na classe baixa as substâncias tóxicas apresentam concentrações iguais ou inferiores a 20% dos limites de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza o ponto de amostragem. Na classe média ocorrem concentrações entre 20% e 100% dos limites mencionados, e na classe alta às concentrações são superiores a 100% dos limites.
    A pior situação do conjunto de resultados define a faixa de contaminação. Assim, se um dos parâmetros apresentou valor acima de 100% (o dobro da concentração limite), em pelo menos uma das campanhas do ano, a contaminação no ponto de  amostragem será classificada como alta.
    Concentração em relação à classe de enquadramento
    Classe de contaminação
    = 1,2.P
    Baixa
    1,2.P < concentração = 2.P
    Média
    Concentração > 2.P
    Alta
    Observações: P = Limite de classe definido pela Resolução CONAMA nº 357/2005 (dados a partir de 2005) ou pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de 05 de Maio de 2000. Fonte: IGAM.

    1.5 ÍNDICE DE BALNEABILIDADE (IB)

    A análise de balneabilidade avalia a qualidade dos corpos d’água para a recreação de contato primário, sendo utilizada tanto em praias litorâneas quanto em águas interiores.
    A legislação que estabelece os critérios e limites para análise de balneabilidade é a Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000.
    A partir dos resultados obtidos nos monitoramentos (semanal e mensal), a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) desenvolveu um índice de Balneabilidade, que representa uma síntese da qualidade das águas monitoradas ao longo do ano.
    Nos locais em que é realizado monitoramento semanal o Índice de Balneabilidade é calculado a partir das classificações obtidas ao longo das 52 semanas do ano. Nos locais em que é realizado monitoramento mensal o índice é calculado a partir das densidades de E. coli.
    As praias são classificadas em 4 categorias segundo o Índice de Balneabilidade (tabela abaixo).
    Condição das praias
    Qualificação
    Praias classificadas como excelentes em 100% do ano

    Ótima
    Praias próprias em 100% do ano, exceto as classificadas como excelentes em 100% do ano.
    Boa
    Praias classificadas como impróprias em porcentagem inferior a 50% do ano.
    Regular
    Praias classificadas como impróprias em porcentagem de tempo igual ou superior a 50% do ano.
    Fonte: CETESB.

    1.6 ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA A PROTEÇÃO DA VIDA AQUÁTICA (IVA)

    O índice de qualidade de água para a proteção da vida aquática (IVA) é utilizado pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e tem como o objetivo  a avaliação da qualidade das águas visando a proteção da fauna e flora aquáticas.
    O IVA é composto  por dois sub-índices:
    Ø  IPMCA - Índice de Parâmetros Mínimos para a Preservação da Vida Aquática: Considera a concentração de substâncias que causam efeito tóxico sobre os organismos aquáticos, além do pH e do oxigênio dissolvido. Os limites dos parâmetros são aqueles determinados pela Resolução CONAMA nº 357 para as classes de enquadramento que se destinam à preservação da vida aquática.
    Ø  IET - Índice do Estado Trófico de Carlson modificado por Toledo.
    O IVA é calculado pela seguinte fórmula:
    IVA = (IPMCA x 1,2) + IET 


    Quando não houver o valor do IET, o mesmo é considerado igual a 1.
    Os valores do IVA são classificados nas seguintes faixas (tabela abaixo).
    Indicadores De Qualidade - Índice De Qualidade Das Águas 
    Valor do IVA
    Qualificação
    ≤ 2,5
    Ótima
    2,6 ≤ IVA ≤ 3,3
    Boa
    3,4 ≤ IVA ≤ 4,5
    Regular
    4,6 ≤ IVA ≤ 6,7
    Ruim
    IVA > 6,8
    Péssima

    2 MONITORAMENTO

    O monitoramento é o conjunto de práticas que visam o acompanhamento de determinadas características de um sistema, sempre associado a um objetivo.
    No monitoramento da qualidade das águas naturais, são acompanhadas as alterações nas características físicas, químicas e biológicas da água, decorrentes de atividades antrópicas e de fenômenos naturais.
    As práticas relacionadas ao monitoramento de qualidade de água incluem a coleta de dados e de amostras de água em locais específicos (geo-referenciados), feita em intervalos regulares de tempo, de modo a gerar informações que possam ser utilizadas para a definição das condições presentes de qualidade da água.
    É fundamental que associado a este monitoramento seja feita a determinação da vazão, de forma a determinar a carga de poluentes afluente.
    O monitoramento visa, ao final, permitir uma avaliação adequada da qualidade da água. Para tanto, podem ser utilizadas diversas configurações, em termos de localização dos pontos de monitoramento, de periodicidade e de tipo de parâmetros monitorados, sempre em função dos objetivos visados:

    2.1  MONITORAMENTO BÁSICO

     Realizado em pontos estratégicos para acompanhamento da evolução da qualidade das águas, identificação de tendências e apoio a elaboração de diagnósticos. Além disso, os resultados obtidos no monitoramento permitem a identificação de locais onde é necessário um maior detalhamento. A freqüência deste tipo de monitoramento acompanha os ciclos hidrológicos, ou seja, geralmente varia de uma freqüência mínima trimestral até uma freqüência mensal. Os parâmetros monitorados nesta modalidade devem estar relacionados com o tipo de uso e ocupação da bacia contribuinte a estação e com os objetivos da rede. Sendo assim, tanto a localização das estações quanto os parâmetros monitorados devem ser reavaliados periodicamente.

    2.2  INVENTÁRIOS

     Esta modalidade compreende observações associadas à avaliação intensiva de um espectro mais ou menos amplo de parâmetros com o objetivo de estabelecer um diagnóstico da qualidade das águas de um trecho específico de curso d’água. Esta avaliação pode estar associada ao acompanhamento de ações limitadas no tempo (por exemplo, implantação de empreendimentos hidrelétricos). No inventário a freqüência de amostragem é alta, variando de diária até mensal, por um período de tempo determinado.

    2.3 VIGILÂNCIA

     Nesta modalidade incluem-se as observações efetuadas em locais onde a qualidade das águas é de fundamental importância para um determinado uso (especialmente para consumo humano) ou em locais críticos em termos de poluição associada ao uso da água. Neste caso é necessário um monitoramento praticamente em tempo real, o que pressupõe a utilização de aparelhos automáticos de medição, o que limita os tipos de parâmetros monitorados. Entretanto, um bom acompanhamento dos parâmetros pH, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica, já permitem identificar alterações associadas a ações antrópicas, configurando um alerta para a tomada de providências.

    2.4  DE CONFORMIDADE

     – Nesta modalidade incluem-se as observações feitas pelos usuários dos recursos hídricos (auto-monitoramento) em atendimento a requisitos legais presentes nos marcos regulatórios (Portaria no 518 do Ministério da Saúde, Resolução no 357 do CONAMA), nas condicionantes das licenças ambientais e nos termos de outorga. Tanto a periodicidade quanto os parâmetros monitorados são determinados pelos órgãos competentes.

    3 REDE DE MONITORAMENTO

    Uma rede de monitoramento de qualidade de água é constituída pelos seguintes elementos:
    Ø  ¨   Pontos de coleta, denominados estações de monitoramento, definidos em função dos objetivos da rede e identificados pelas coordenadas geográficas.
    Ø  ¨   Conjunto de instrumentos utilizados na determinação de parâmetros em campo e em laboratório.
    Ø  ¨   Conjunto de equipamentos utilizados na coleta: baldes; amostradores em profundidade (garrafa de Van Dorn); corda; frascos, caixa térmica, veículos; barcos; e motores de popa.
    Ø  ¨   Protocolos para a determinação de parâmetros em campo; para a coleta e preservação das amostras, para análise laboratorial dos parâmetros de qualidade; e para identificação das amostras.
    Ø  ¨   Estrutura logística de envio das amostras: locais para o envio das amostras; disponibilidade de transporte; logística de recebimento e encaminhamento das amostras para laboratório.

    4 FINALIDADE DO MONITORAMENTO

    A crescente urbanização e a concentração demográfica nos grandes centros populacionais têm contribuído de forma crescente para deterioração da qualidade das águas dos corpos receptores. Paralelamente à redução da qualidade, as demandas urbanas por água crescem proporcionalmente à população, impondo a necessidade de se buscar água cada vez mais longe, algumas vezes em outras bacias.
    Tendo em vista a necessidade de estabelecer um equilíbrio sustentável entre o necessário desenvolvimento econômico e demográfico e a disponibilidade hídrica em quantidade e qualidade, que contemple os diversos usos da água, é fundamental o estabelecimento de um programa de monitoramento hídrico quali-quantitativo que forneça subsídios para a avaliação das condições dos mananciais e para a tomada de decisões associada ao gerenciamento dos recursos hídricos.
    Como se planeja uma rede de monitoramento de qualidade de água?
    O planejamento de uma rede de monitoramento de qualidade de água inicia-se pela definição dos objetivos do monitoramento. A partir da definição dos objetivos define-se a configuração da rede em termos do número e da localização das estações; da freqüência de monitoramento; e dos parâmetros a serem monitorados. Estas definições são condicionadas à disponibilidade de recursos para o monitoramento.
    A partir do desenho da redem, determinam-se os roteiros de operação considerando-se a compatibilidade dos tempos de deslocamento e de coleta com os prazos para o envio e processamento das amostras.

    Definidos os roteiros, são identificados os aparatos necessários para a coleta e preservação das amostras, bem como para determinação de parâmetros em campo.

    FONTE DE PESQUISA:

    http://www2.ana.gov.br/Paginas/projetos/QualidadeAgua.aspx

     LAMPARELLI , M. C. Grau de trofia em corpos d’água do estado de São Paulo: avaliação dos métodos de monitoramento. São Paulo : USP/ Departamento de Ecologia., 2004. 235 f. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, 2004.

    CETESB (2007). Relatório de Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo: 2006. São Paulo: CETESB, 2007. ( Série Relatórios)

    ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 1988. 574p.

    O Senhor é meu Pastor e nada me faltará.

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